domingo, 15 de agosto de 2010

O menino do skate

Eu sei que a vida é louca, e é difícil acreditar, mas o mundo é das pessoas que sonham...

Eles estavam afim de se divertir naquela noite. Ela tinha acabado de sair do emprego e não sabia ao certo prá onde ir. Ele estava com os amigos e nem sabia o que estava por vir.
A moça não conseguia desviar seu olhar daquele rapaz que estava na portaria, ele tinha um jeito diferente e aquilo à chamava cada vez mais.
Foi uma energia muito boa que dizia à ela prá esquecer, relaxar, ele estava logo ali, renove-se, permita-se...
Permita-se... seus dedos foram ao encontro dos dedos dele...
Logo ali em um lugar que ela nunca havia entrado, da forma mais sutil, ela encontrou um alguém que lhe trazia, novamente, a paz de outros dias. E a história teve vários novos capítulos em dias de frio, e foi aplaudida por vários espectadores. Os reencontros nunca mais foram casuais pois os dois não perderam-se mais de vista. Ela a chatinha e ele o trouxa. Apelidos carinhosos.
Ambos nao sabem até hoje se são únicos na vida um do outro, mas isso pouco importa. Eles sentem-se livres e queridos um pelo outro, os abraços ainda são aconchegantes e os carinhos ainda são ternos. A pequena não imaginava encontrar no menino do skate tudo o que lhe foi negado outra hora...
E assim a história simples e simplesmente acontece. Sem cobrança de amanhã, sem espera...
Hoje eles ficaram juntos, e foi bom... Amanhã será outro dia...

sábado, 14 de agosto de 2010

o menino dos cabelos dourados

Uma multidão de pessoas, sons confusos.
No meio da multidão vejo cabelos dourados e olhos atentos, passos serenos.
Te vi e não resisti, tive que matar a saudade, seu abraço foi como um mergulho em águas cristalinas. Sua voz mansa, acetinada me fez voltar ao passado, ao passado em que fui sua pupila, sua discípula rebelde.
Olhos nos olhos, filtro sua voz nos meus ouvidos e absorvo todas as vogais e consoantes, fonemas...
Ele que não entendia os olhos distantes, aquela ânsia que ela possuía e possui. Ele que queria compreender a raiva da menina dos olhos dela.
Ele que observava o all star e o boné e pensava que aquela menina não ía tão longe por potencial mas sim por audácia agora a observa e vê rastros de si próprio.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Se pudesse estava aí

Ôhh pretinha por que choras?
Nessa cidade turbulenta pouca coisa me interessa, se pudesse estava aí no meu porto.
Os dias passam e, pretinha, pouca coisa me desperta.
Meus olhos, pela tarde, ainda estão cansados de ver tanta mudança.
Repito, se pudesse estava aí.
Quando ainda não temos nada é melhor se apegar à lembrança, mas que nostalgia, melhor mesmo é esperar e correr, correr atrás de algo e viver...